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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Pedologia......

Histórico
 Nos primórdios da existência do Homem, enquanto ele era um caçador ou um apanhador de alimentos: O solo era visto apenas como alguma coisa abaixo da superfície da Terra que fornecia suporte para a movimentação e habitação. 6000 a.C. quando o ser humano deixou de ser nômade se fixou, ele começou a cultivar plantas, obtendo alimentos e fibras. A Terra passou a ser encarada como algo que onde se podia enterrar uma semente, que em condições favoráveis, germinaria, cresceria e produziria fruto ou outra coisa útil à sua vida.

Surgiu o conceito de solo como um meio de desenvolvimento das plantas Determinadas terras eram mais produtivas, outras eram encharcadas, arenosas endurecidas para que pudessem ser cultivadas. China (4500 a.C.) As terras foram subdivididas em nove classes de produtividade. Mesopotâmia (Iraque - 2500 a.C.) Rios Tigre e Eufrates – documentos relacionavam a dependência da produtividade à fertilidade do solo. Uma semente plantada levava a produção de 86 ou 300 unidades.

Grécia (800 a 200 a.C.) 500 a.C. Herodoto – atribuiu à FERTILIDADE em parte às enchentes anuais dos rios. 300 a.C. Theofastes – recomendava deixar a água o maior tempo possível para permitir o acúmulo de SILTE. Observações de que certos solos não produziam satisfatoriamente. Na mitologia, Hércules a pedido do rei Augeas fez passar um rio por dentro de um estábulo que continha esterco acumulado de 30 anos fazendo que esses fossem distribuídos nas terras adjacentes. Augeas não pagou Hécules e... Poema grego Odisséia (Homero) faz menção a aplicação de esterco a videiras.

Theofastes recomendava uso abundante de esterco em solos rasos, mas sugeria que solos ricos fossem menos adubados. Sugeriu também que as plantas mais exigentes deveriam ter maior requerimento de água. Atenas – canais coletores de esgoto para serem aplicados no plantio de verduras e em oliveiras. Classificação dos estercos por ordem de riqueza em nutrientes (humano, suíno, cabrito, ovelha, bovino e eqüino).

Roma antiga (100 a.C.) Vários documentos descrevem os meios para obter maiores colheitas, misturando à camada arável cinzas de madeira e esterco de animais. Atribuía-se a boa produtividade do solo à sua COR: Critério de fertilidade (preto fértil – cinza infértil) Quanto mais escuro melhor ele seria e, esta cor escura era atribuída a uma substância orgânica que hoje é conhecida como HÚMUS. Mistura de diferentes tipos de solos com a finalidade de corrigir os defeitos e adicionar força ao solo. Aplicação de margas (argila e calcário) Virgilio escreveu sobre as características do solo (DENSIDADE). Analisou o solo (sabor : amargo ou salgado - pH)

Era Cristã Bíblia menciona o valor das cinzas para enriquecer o solo. Salitre (nitrato de K) livro de Lucas Grande contribuição das civilizações árabe-islâmica Desenvolvimento da agricultura nas regiões semi-áridas. Bernard Palissy (1563) publicou um livro no qual opinou que os solos eram fonte de nutrientes minerais para a vida das plantas. Von Helmont (1629) afirmou que as plantas alimentavam-se exclusivamente de gás carbônico e água. Tahaer e Von Wulfen (teoria do húmus) As plantas assimilam diretamente do solo restos decompostos de plantas e animais.

Progresso durante o século XIX Theodre de Saussure demonstrou que as plantas absorvem O 2 e liberam CO 2 (respiram) e absorvem CO 2 e liberam O 2 na presença de luz. Se as plantas fossem mantidas em ambiente livre de CO 2 as plantas morreriam. As membranas são seletivas, permitem a entrada de água mais rapidamente que dos nutrientes. O C contido nas plantas vinha do ar (foi muito questionada)

Justus Von Liebig (1803-1873) Pai da química agrícola - Lei do mínimo (1862) Fez desabar o mito do húmus O húmus era um produto transitório entre as matérias orgânicas e os nutrientes A maior parte do C nas plantas vem do CO 2 H e O vêm da água Os metais alcalinos são necessários para a neutralização dos ácidos formados pelas plantas resultantes das atividades metabólicas. Os fosfatos são necessários à formação das sementes.

 No entanto, Liebig e seus seguidores supunham que os solos eram meros corpos estáticos constituídos de fragmentos de rochas e que armazenavam água e nutrientes. Ainda não havia preocupação de estudar a origem e desenvolvimento dos diferentes tipos de solo. Dokoutchaiev (1877) Participou de uma expedição para analisar os efeitos de uma seca catastrófica nas estepes da Ucrânia, na qual teve a oportunidade de estudar detalhadamente os solos daquela região. Anos mais tarde, foi convocado para um trabalho semelhante nas florestas da região de Gorki, local de clima mais úmido e situado a leste de Moscou.

Comparando os solos destas duas regiões, ele constatou que os solos eram bastante diferentes e concluiu que essas diversidades eram ocasionadas pelas diferenças de clima. Verificou também que os solos eram compostos de uma sucessão de camadas horizontais, que começavam na superfície e terminavam na rocha subjacente. Ele reconheceu e interpretou essas camadas como resultantes da ação conjunta de diversos fatores que deram origem aos solos. Verificou que cada solo poderia ser caracterizado por uma descrição detalhada dessas camadas.

A PEDOLOGIA surgiu como um novo ramo da ciência O solo foi então reconhecido como um corpo natural organizado, que pode ser estudado separadamente tal como as rochas, as plantas e os animais.Entre os recursos naturais de nosso planeta, os solos ocupam um lugar de extrema importância, uma vez que, eles suportam os vegetais, dos quais direta e indiretamente, nossa vida depende. A Pedologia se dedica a estudar como os solos se formam, e como são constituídos.

Pedologia e Edafologia Existem dois modos de estudar o solo: Pedológico: como uma parte natural da paisagem e tendo como maior interesse o estudo da sua origem, evolução e classificação. Pedon = solo ou terra Edafológico: como meio natural para o desenvolvimento das plantas. Edafos = terreno ou chão

Pedologia e Edafologia Pedologia: interessa-se não só pela camada superficial mas também pelas demais. Ciência básica. O solo é considerado um objeto completo que teve sua formação à partir de uma rocha que se desagregou mecanicamente e se decompôs quimicamente até formar o material solto, que com o passar do tempo veio sustentar as plantas. Edafologia: estuda o solo sob o aspecto da produção das plantas cultivadas, em particular as fornecedoras de alimentos e fibras. Ciência aplicada Procura analisar as características do solo visando entender suas relações com a produção agrícola. O interesse é maior sobre a camadas superficial, onde se concentram as raízes das plantas.

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